Frances e Francine, dois irmãos ávidos leitores, de histórias de aventura e suspense, vivem em uma enorme mansão maltratada pelo tempo. Longe dos pais, os irmãos só possuem uma única diversão: o esquisito jardim. Envoltos pelo mistério da ausência dos pais, os dois iniciam uma difícil disputa pelo jardim. Entre estripulias, brincadeiras, confabulações e a força da imaginação fantástica, os irmãos são surpreendidos por um gato, misterioso, que pensa ser dono de tudo.

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O “Esquisito Jardim do Senhor Estranho”, é uma aventura em forma de suspense. Inspirado na estética de Tim Burton e na literatura de Edgar Allan Poe, o espetáculo conta a história de Frances e Francine, dois irmãos, que vivem em uma enorme mansão maltratada pelo tempo. Longe dos pais, eles só possuem em uma única diversão, o esquisito jardim. Entre confabulações e estripulias, os irmãos são surpreendidos por um gato que pensa ser dono de tudo. 

A disputa cômica, dos irmãos com o gato pelo jardim, ressalta o desejo de posse a inversão de valores e a troca de papeis dos personagens “ora dominantes, ora dominados”. Com uma cronologia desconstruída os personagens são engolidos pelo tempo e pelo mistério da ausência dos pais. Absortos pela vontade, não enxergam nada além da disputa. Uma confusão que propõe divertimento em família.  

Na estética, uma árvore móbile inspirada no artista plástico Alexander Calder, propõe o movimento, a passagem de tempo e simboliza o elo entre fantasia e realidade. O incentivo à leitura é a mola propulsora deste projeto. Os personagens lêem durante a peça, trechos de “Frankenstein” de Mary Shelley, “O Corvo” e “O Gato Preto” de Edgar Allan Poe e poemas de T. S Elliot. Também surge na narrativa o livro “Desventuras em série” de Lemony Snicket. Na mansão antiga, vários livros estão expostos e vão conduzindo os personagens durante a narrativa, ao viajarem pelas páginas o trio dá asas ao imaginário e criam soluções para a aventura do momento. É o livro que materializa as brincadeiras e as fantasias dos personagens.